O artigo explora as possibilidades da abordagem sobre agricultura sensível à nutrição no contexto dos programas e ações de promoção da soberania e segurança alimentar e nutricional no Brasil. A análise dos elos entre agricultura e nutrição tem em conta o marco conceitual esuas correlações com as estruturas institucionais e o desenho dos programas nessa área no Brasil, especialmente com respeito aos modelos dominantes de produção e consumo de alimentos. O texto destaca também as diferenças entre os modos de promover uma agricultura sensível à nutrição por meio dos programas de aquisição de alimentos dos agricultores familiares, experiências de agroecologia e programas de biofortificação. As considerações finais extraem lições da experiência brasileira quanto às vantagens da agricultura familiar, dos circuitos curtos de produção, distribuição e consumo e na promoção do acesso a uma dieta não custosa, diversificada e adequada em termos nutricionais.